domingo, 24 de outubro de 2010

Análise de Poemas Parnasianos

A análise de um poema parnasiano pode ser feito de duas formas distintas. Da forma:

• Objetiva: Que consiste em analisar a métrica e a estrutura do poema, seus versos e estrofes
• Subjetiva: A tentativa de captar a idéia que o autor quis passar ao leitor.




Remorso 

Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Olavo Bilac


Análise Objetiva

Bom esse poema de trata de um soneto, do poeta Olavo Bilac, membro da tríade parnasiana.

O que caracteriza um soneto?

1º As duas primeiras estrofes devem possuir, cada uma, quatro versos e as duas ultimas três.
2º A principal característica de um soneto é a presença do "verso alexandrino". Esse verso representa a junção das 12 rimas poéticas.

Outras características desse poema:

♦ Descritivismo
♦ Objetividade
♦ Preferência pelos sonetos
♦ Rimas ricas. Isso acontece quando o autor do poema faz rimas como palavras de diferentes classes gramaticais.

Análise Subjetiva

O autor na primeira estrofe usa da "metáfora" para fazer menção a épocas de sua vida "(...)Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.(...)"
Mostra-se arrependido por coisas não feitas.
Na segunda estrofe, o arrependimento é por coisas que deixou de fazer, e que se ele tivesse feito, seria mais feliz.
Agora, ele olhando pra trás, percebe o que perdeu e lamenta.
Enfim, a idéia que o autor nos passa nesse poema, é que ele não se arrepende das coisas realizadas por ele, mas por coisas que ele deixou de realizar em função da vergonha e do poder. Remetendo-nos a pensar, que se ele pudesse voltar no tempo, ele faria as coisas, que por vários motivos deixou de fazer.



Espero que tenham esclarecido, beijos =* 
















segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dica da semana (:

Já que o assunto abordado é o Parnasianismo resolvemos indicar um método pra você estudar antes da prova.
Quando se está em época de prova ou vestibular todo método de estudar que não seja ler chama mais atenção, por isso trouxemos uma música sobre o Parnasianismo pra mostrar como estudar pode ficar mais divertido. Enjoy (y)


PARNASIANISMO





Lapidação das palavras
Presente o descritivismo
Arte pela Arte
É o ideal do Parnasianismo

Métricas são perfeitas
Formalismo da poesia
Preferência pelos sonetos
Volta da mitologia

É uma poesia plástica
Palavra é a matéria prima
Imagens com muitas cores
Ricas são as suas rimas

Olavo Bilac é um príncipe
Um ourives da palavra
Além do amor sensual
Patriotismo exaltava

Na Profissão de Fé
Criou manifesto parnasiano
Não quis saber dos problemas
Considerados urbanos

Na tríade parnasiana
Temos Raimundo Correia
Além de Olavo Bilac
E Alberto de Oliveira

Alberto de Oliveira é ortodoxo
Preso ao rigor formal
Correia aproxima-se do Romantismo
Com a mulher ideal.

O link pra baixar é http://www.micropic.com.br/noronha/cant10.htm, e tem músicas de outras matérias, espero que tenham gostado =*

Poesia Parnasiana (:

Agora o tema não é mais análise sintática, o tema é bem mais simples. Entramos na parte de literatura brasileira \o/.
O parnasianismo foi um movimento que nasceu na França em meados do séc. XIX. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois valorizava o positivismo e a ciência
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.

Características do Parnasianismo

- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor  parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
- Temas da mitologia e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.

Parnasianismo no Brasil

No Brasil, o parnasianismo chegou na segunda metade do século XIX e teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922). 

Os principais representantes do parnasianismo brasileiro foram:

- Alberto de Oliveira. Obras principais: Meridionais (1884), Versos e Rimas (1895), Poesias (1900), Céu, Terra e Mar (1914), O Culto da Forma na Poesia Brasileira (1916).

- Raimundo Correia. Obras principais: Primeiros Sonhos (1879), Sinfonias(1883), Versos e Versões(1887), Aleluias(1891), Poesias(1898).

- Olavo Bilac. Obras principais: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Crítica e fantasia (1904), Conferências literárias (1906),Dicionário de rimas (1913), Tratado de versificação (1910), Ironia e piedade, crônicas (1916), Tarde (1919).

- Francisca Júlia. Obras principais: Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esfínges (1903), Alma Infantil (1912).

- Vicente de Carvalho. Obras principais: Ardentias (1885), Relicário (1888), Rosa, rosa de amor (1902), Poemas e canções, (1908), Versos da mocidade (1909), Páginas soltas (1911), A voz dos sinos, (1916).

* Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".


RESUMO

Pra facilitar vou dar um resumida no conteúdo.
O parnasianismo foi um movimento que se opôs a toda "espontaneidade" , pois diziam que o ato de escrever deveria ser encarado não como uma diversão, porém como um trabalho sério. A lapidação das palavras, o descritivismo e o seu maior ideal é a "arte pela arte". Eram considerados "máquinas de fazer poesia".

♦ Espero que tenham gostado dessa aulinha sobre parnasianismo, boa sorte no vestibular e nas provas :).
Na próxima postagem abordaremos como analisar uma poesia parnasiana =).



BIBLIOGRAFIA




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Predicativo do Objeto

E o último tema e não menos importante, eu, Laís(novamente), irei falar sobre predicativo do objeto!


Predicativo do Sujeito

O que é?


É o termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto indireto, conferindo-lhe um atributo.
O predicativo do objeto apresenta duas características básicas:
  • acompanha o verbo de ligação implícito;
  • pertence ao predicado verbo-nominal.
A formação do predicativo do objeto é feita através de um substantivo ou um adjetivo.
Exemplos:
  1. O vilarejo finalmente elegeu Otaviano prefeito. ...[objeto: Otaviano]
    ...[predicativo: substantivo]
  2. Os policiais pediam calma absoluta. ...[objeto: calma]
    ...[predicativo: adjetivo]
  3. Todos julgavam-no culpado. ...[objeto: no]
    ...[predicativo: adjetivo]
Alguns gramáticos admitem o predicativo do objeto em orações com verbos transitivos indiretos tais como crer, estimar, julgar, nomear, eleger. Em geral, porém, a ocorrência do predicativo do objeto em objetos indiretos se dá somente com o verbo chamar, com sentido de "atribuir um nome a".
Exemplo:
  1. Chamavam-lhe falsário, sem notar-lhe suas verdades.

Fonte: Interaula clube.
http://www.interaula.com/portugues/predicativodoobjeto.htm



Espero que todas as explicações tenha ajudado, e que vocês tenham gostado dos temas. Qualquer dúvidas e sugestões podem deixar um comentário ou entrar em contato conosco. Até a próxima pessoal! Qual será nosso próximo tema? Qual será nossa próxima missão? Você conferirá aqui, no blog das Poison's ∞
Beiijos :* 

Complemento Nominal

Olá, sou Marília, minha função é explicar o que é complemento nominal. É bem simples e fácil de entender, ou seja, ninguém precisa ser um nerd da ciência para compreender, então vamos começar:



Complemento Nominal
 
O que é?
 
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre através de preposição.
Exemplos:
Cecília tem        orgulho                da filha.
                        substantivo          complemento nominal
Ricardo estava   consciente        de tudo.
                               adjetivo       complemento nominal
A professora agiu       favoravelmente      aos alunos.
                                             advérbio        complemento nominal
 
•  Saiba que:
  O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.


Fonte: Nova Mini Gramática da Língua Portuguesa, Domingos Paschoal Cegala. Companhia Editora Nacional.
 
 
 
 
Facinho, facinho né? qualquer dúvida deixe um comentário. 

domingo, 5 de setembro de 2010

Adjunto Adnominal

Bom, agora eu, Laís, irei 'tentar' explicar adjunto adnominal. Espero abordar com facilidade o tema e fazer vocês entenderam essa análise sintática que gera grandes dúvidas. :x

Adjunto Adnominal



• O que é?

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:

O poeta inovadorenvioudois longos trabalhosao seu amigo de infância.
SujeitoNúcleo do Predicado VerbalObjeto DiretoObjeto Indireto




















 
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:
o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;
o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;
o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.
Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo:
O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.
Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:
Ele deixou uma obra originalíssima.
As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja:
O notável poeta português deixou-a.
  •  Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele. Observe:
Sua atitude deixou os amigos perplexos.
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos:
Sua atitude deixou-os perplexos.
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.




Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal

É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:
Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe. A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar.
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.
 
 
Fonte: Nova Mini Gramática da Língua Portuguesa, Domingos Paschoal Cegala. Companhia Editora Nacional.
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint21.php



Qualquer dúvida deixem um comentário, assim que possível estaremos respondendo!
Beiijos :*
 
                                                                            


































































Dicas legais (:

Toda semana publicaremos dicas legais aqui no blog sobre curiosidades de português e dicas para vestibular.

Para entender bem análise sintática é preciso entender bem sobre morfologia. Então se você ainda tem dúvidas sobre as classes gramaticais e  outras coisas que envolvem morfologia temos dicas de como melhorar seu desempenho em português.



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